Por Mayara Godoy
Eu não sou machista, nem feminista, nem sexóloga, nem porra nenhuma entendida no assunto. Mas quero registrar minhas humildes considerações sobre como a imaturidade feminina agrava a imaturidade masculina (que normalmente é inata).
Mulheres que acham que mandam nos homens geralmente se fodem quebram a cara. É fato. Porque normalmente elas acham que mandam e eles fingem que obedecem. E o pior é que as pobres coitadas acham que estão por cima da carne seca, e adoram bradar aos quatro ventos: “fulano faz tudo que eu mando”. Aham. Vai nessa, queridinha. Enquanto você acha que ele está em casa porque você mandou, ele está pegando outra por aí. Acontece muito.
Eu só consigo ver duas possibilidades para situações como esta. Primeira, o cara é um banana — o que é insuportável, detesto gente sem personalidade e opinião. Segunda e mais comum: aos poucos, o cara começa a mentir. Sim, porque se o infeliz não pode ir à padaria sem que a mulher dê “autorização” — e, de quebra, um piti –, em pouco tempo ele se cansará de constantes brigas e DRs desnecessárias, e perceberá que o caminho mais curto é mentir.
E a otária se achando a tal. Depois, quando descobre que o cara inventou uma mentira para poder tomar uma cerveja com os amigos — ou pior, muitas vezes ele se enche a tal ponto que começa a trair –, ela se acha a vítima. A coitadinha. E é o cara que não presta.
Não estou defendendo os homens, não, tem muitos (muitos mesmo) que são canalhas por natureza, e não importa o quão bacana a mulher seja, alguns traem apenas por instinto. Mas cabe a nós, mulheres, tentar construir um relacionamento transparente e uma relação de confiança. Eu estou falando de situações que já cansei de presenciar. O problema é que muitas mulheres querem ser não companheiras, e sim donas dos homens. E aí a porca torce o rabo destroem um relacionamento que teria tudo para dar certo. Sinto informar, honey, ninguém é dono de ninguém. Que graça tem o cara estar do seu lado por obrigação, com cara feia, enquanto ele queria estar jogando futebol, por exemplo?
Nós, mulheres, precisamos aceitar algumas verdades universais, e quem sabe assim poderemos conviver mais pacificamente com nossos companheiros. A primeira delas é, indubitavelmente, que eles já têm mãe. Então, não tente ser a mãe do seu namorado/rolo/ficante/peguete/marido/amante. Não tente mandar nele, lhe dizer o que fazer, controlar seus horários. Homens não gostam disso. Aliás, quem é que gosta?
Segunda coisa: ao invés de ser uma chata, tente ser companheira do seu homem. Companheira para todas as horas, inclusive sendo compreensiva no momento em que ele precisar tomar uma cerveja ou bater uma bolinha com os amigos. É sério. Homens precisam desse momento de falar besteiras, dar risada e fazer campeonato de pum/arroto, somente com os amigos. Por mais descolada que você seja, ele não ficará totalmente à vontade se você for com ele a tiracolo. Menos ainda se você o proibir. Aos poucos, você será vista pela galera como a namorada chata, possessiva, que roubou o amigo deles. E aí, sabe o que acontece? Eles o incentivam a terminar com você, ou pior, a te trair. Acredite, amiga, homens são assim. (Não é mais negócio os amigos do seu namorado considerarem você uma guria bacana e incentivarem-no a te respeitar?)
Tem mais. Futebol para os homens é sagrado. Sim, para os que gostam, o jogo do time de coração dele é fundamental. Não tente mudar isso. E nem ter uma DR no meio do jogo. É sério, não funciona. Se você não gosta de assistir ao futebol com ele, vá procurar outra coisa para fazer.
Jamais tente fazê-lo se afastar dos amigos, e também não se afaste das suas amigas. Claro que a vida de pessoa comprometida é diferente, mas é preciso saber dosar as coisas, pois, se você vive só para o seu par, uma hora você pode ficar sem uma coisa nem outra.
No mais, converse com seu homem. Não estou dizendo aqui para você aceitar tudo, ser otária, cega, tapada, ou qualquer coisa do tipo. Não. Vocês precisam, juntos, estabelecer limites, explicar o que ambos acham certo ou errado, e como vocês se sentem em determinadas situações, e aí, cabe ao outro tomar atitudes que vão te magoar ou não. Individualidade é fundamental. Reciprocidade também. Você gostaria que alguém (que nem seu pai é) te dissesse assim: “Você não sai mais sozinha com as suas amigas, não vai ao shopping sem me avisar, só entra no MSN se for para falar comigo!”? Provavelmente, não. E no começo você pode até ceder. Mas fingir ser uma coisa que não é, não funciona. Logo a máscara cai. E aí, bye-bye.